Ventilação mandatória assistido/controlado ciclado a volume. Pode ser utilizado quando tem como objetivo a manutenção do volume minuto (VC x FR). Este modo pode ser disparado a tempo (controlado), pressão e fluxo (assistido) e é ciclado ao se atingir o VC inspirado pré-determinado. É utilizado para medir a Pressão de Pico e de Platô para calcular a Complacência Pulmonar e a Resistência das Vias Aéreas sob fluxo inspiratório constante e quadrado.
Ventilação mandatória assistido/controlado ciclado a tempo e limitado a pressão. Pode ser utilizado em situações em que a mecânica do sistema respiratório está comprometida, uma vez que, esse modo permite o controle mais adequado das pressões nas vias aéreas e alveolares. O tempo inspiratório é ajustado pelo cuidador, o fluxo é livre e desacelerado e o VC variável. Neste modo, atenção à monitorização do volume corrente expirado (Vce) e é importante regular o alarme de volume minuto (VM) máximo e mínimo.
Modo ventilação com pressão de suporte. Esse modo pode ser utilizado durante a ventilação assistida ou espontânea. É disparado somente pelo paciente, a pressão ou a fluxo. Apresenta pressão limitada durante toda a fase inspiratória, onde o ventilador cicla, quando o fluxo inspiratório cai, geralmente a 25% do pico de fluxo inspiratório. É recomendado o uso desse modo ventilatório o mais precoce possível, de acordo com o quadro clínico.
Volume corrente. É o volume de gás movimentado durante uma respiração. Variável ajustada no modo VCV. Usualmente são utilizados volumes correntes mais baixos, entre 6 a 8 ml/Kg de peso ideal ou até menos (dependendo da patologia). Atualmente, sugere-se que o peso estimado seja determinado pelo sexo e pela altura do paciente, através da seguinte fórmula:
Homens = 50 + 0,91 x (altura em cm – 152,4)
Mulheres = 45,5 = 0,91 x (altura em cm – 152,4)
Pressão inspiratória. Para o ajuste da pressão, deve ser avaliado o volume desejado, já que esse volume será proporcional à pressão ajustada. Somente no modo PCV
Frequência respiratória. É o número de incursões respiratórias que o paciente apresenta por minuto. É um parâmetro que deve ser ajustado de acordo com o paciente e o modo ventilatório escolhido. Inicialmente, utiliza-se entre 12 – 16 rpm. Em doenças obstrutivas, pode-se usar um frequência mais baixa (<12 rpm) e em casos de doenças restritivas pode ser mais elevada (> 20 rpm, se o quadro clínico exigir). Monitorizar através da gasometria arterial. O ajuste da frequência respiratória também pode ser feito através da fórmula: falvo = fatual x (PaCO2 atual/ PaCO2 alvo)
Corresponde à facilidade ou dificuldade do paciente em conseguir disparar o ventilador. O ventilador pode apresentar sensibilidade a pressão (cmH₂O) ou a fluxo (L/min). A sensibilidade a pressão é mais encontrada na maioria dos ventiladores, sendo recomendado valores entre -0,5 a -2,0 cmH₂O. A sensibilidade a fluxo é encontrada em ventiladores mecânicos mais novos e oferece melhor interação com o paciente. É importante ajustar adequadamente a sensibilidade nos modos assistidos, pois o ventilador pode autociclar, quando muito sensível.
Formas da onda de fluxo. As formas da onda de fluxo podem ser quadrada (fluxo constante), descendente trapezoidal e decrescente triangular. As ondas de fluxo podem ser modificadas no ventilador direta ou indiretamente de acordo com o modo ventilatório escolhido. As formas mais comumente usadas são a quadrada, pois permite a monitorização da mecânica respiratória, enquanto a descendente proporciona melhor distribuição do ar inspirado. De acordo com as formas de onda, haverá mudanças no tempo inspiratório:
No ajuste do tempo inspiratório, deve ser considerado o volume desejado, pois o volume gerado irá depender do tempo de equilíbrio entre os diferenciais de pressão (o ventilador mecânico e o pulmão). O tempo inspiratório também pode ser selecionado de acordo com a relação inspiração/expiração desejada.
Permite a mensuração da pressão de pausa ou pressão de platô. A pausa inspiratória consiste na insuflação do sistema respiratório relaxado, ou seja, sem a participação do músculo, por meio de um fluxo constante com onda quadrada, seguida de uma oclusão da via aérea, sendo obtida portanto, no modo VCV. O tempo de oclusão/pausa inspiratória é de 3 a 5 segundos. A pausa inspiratória programada no ventilador, ao final da inspiração, cessa o fluxo (o fluxo vai a zero). Dessa forma, somente o componente elástico do sistema é responsável pela pressão, o que possibilita desmembrar o componente resistivo do componente elástico da pressão utilizada. Com o valor da pressão de platô, são calculadas a resistência e a complacência estática.
A maioria dos ventiladores mecânicos atuais permitem a regulagem da FIO2 entre 21% a 100%. A assistência ventilatória deve iniciar com uma FIO2 de 100% e através da gasometria arterial, deve ser reduzida progressivamente com o objetivo de utilizar uma FiO2 igual ou menor que 60%, para obter uma pressão parcial de oxigênio (PaO2) igual ou acima de 60 mmHg e uma saturação arterial de oxigênio (SaO2) igual ou acima de 90% , sem causar risco ao paciente de toxicidade pelo oxigênio.
Também chamado de rampa, rise time ou slope. É utilizado para acelerar ou desacelerar a velocidade do fluxo inspiratório. Em pacientes obstrutivos o tempo de subida pode ser mais acelerado para ajustar um VC melhor. O contrário ocorre em pacientes restritivos, pois é sugerido que o tempo de subida seja menos acelerado. Cuidado com a ocorrência de pico de fluxo excessivo (overshoot). O tempo de subida pode ser ajustado através da avaliação do conforto do paciente e com a monitorização da curva de pressão x tempo. O declínio ou ascensão dessa curva representam a velocidade de entrega do ar.
Pressão de suporte. A pressão inspiratória predeterminada é mantida constante até que o fluxo inspiratório do paciente caia em torno de 25% do valor máximo alcançado no início da inspiração, podendo estar associada à utilização da PEEP. Variável ajustada no modo PSV.
É o ajuste do nível de pressão positiva ao final da expiração, sendo uma pressão mais elevada que a pressão atmosférica. Deve ser ajustado em qualquer modo ventilatório. Normalmente, utiliza-se uma PEEP de 5 cmH2O, que é a considerada como PEEP fisiológica. Mas, em pacientes hipoxêmicos o usos de altos níveis de PEEP pode ser viável, com o objetivo de melhorar a oxigenação desde que o paciente seja monitorizado adequadamente, uma vez que, uma PEEP alta pode resultar em alterações hemodinâmicas.
Alarme de volume corrente. Usar VC 6 ml/Kg predito inicialmente, podendo atingir no máximo a 8 ml/Kg no início da VM. Reavaliar de acordo com o quadro clínico do paciente.
Alarme de fluxo. É o volume de gás que passa pela saída inspiratório do ventilador mecânico. É a velocidade com que o gás entra no paciente, expressa em L/min.
Alarme de pressão máxima nas vias aéreas. Inicialmente recomenda-se o alarme de pressão máxima nas vias aéreas em 40 cmH2O para evitar barotrauma. Valores entre 35 a 45 cmH2O.
Alarme de pressão de platô. Valor da pressão das vias aéreas, medida no momento da pausa inspiratória. É o parâmetro que melhor reflete a medida das pressões alveolares no final da insuflação pulmonar. Geralmente, valores além de 35 cmH2O associam-se à lesão parenquimantosa, pulmonar, induzida pela ventilação mecânica.
Alarme de volume minuto. É o volume total de gás mobilizado em um minuto. É calculado através da fórmula: VM = f x VC. Seus valores fisiológicos giram em torno de 7,5 L/min. A regulagem desse alarme é muito importante no modo PCV.
O Simulador Didático de Ventilação Mecânica (SDVM), trata-se de um software para treinamento na área de saúde, onde as condições que serão apresentadas, são idealizações do que é observado na prática. A finalidade desse simulador é familiarizar o usuário com a operação de um ventilador mecânico e contribuir no processo de aprendizagem.
Abaixo, insira os dados do paciente (você pode escolher livremente o sexo, a idade, peso e altura) e escolha um caso clínico para iniciar o seu estudo.